Esse foi o primeiro nome do pseudônimo sob o qual inscrevi o Retrato de Família, roteiro no qual venho trabalhando desde o final do ano passado, no edital para desenvolvimento de roteiros de longametragem do Ministério da Cultura.
O edital pede na verdade o envio de um projeto e, em caso de aprovação, disponibiliza uma verba de R$ 50.000 para que o roteirista desenvolva o seu roteiro num prazo de sete meses. O mais interessante é que apesar do patrocínio, o roteirista mantém os direitos integrais sobre sua obra, sendo apenas obrigado a mencionar o incentivo do governo federal nos créditos do filme, caso esse venha a ser realizado.
Após alguns meses trabalhando no roteiro, finalmente consegui concluir uma escaleta que me agrada, o que foi um tremendo quebracabeças. Em breve vou começar a escrever o primeiro tratamento do roteiro. É curioso olhar os primeiros arquivos de trabalho e anotações sobre esse projeto e notar como ele se transformou desde então. Personagens surgiram, outros foram excluídos ou ganharam importância que não tinham. Fico feliz de estar desenvolvendo um processo mais orgânico de trabalho, menos linear, menos engessado naqueles moldes que vemos na teoria e que, quando usados com parcimônia, são essenciais para nos nortear e estruturar. Norte e estrutura são fundamentais num roteiro, assim como a disciplina e o trabalho duro, mas não servem de nada sem criatividade, inspiração e uma dose de liberdade.
Em breve escrevo outro post com uma breve sinopse da história.
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