Esse texto é inspirado na vivência de uma amiga minha. É para ela, para todas as mulheres e principalmente para os homens.
Os relacionamentos parecem ser mesmo um dos grandes mistérios da humanidade. Talvez por isso é que sempre pipocam textos sobre o assunto, especialmente perto do Dia dos Namorados. Tem esse aqui, do Xico Sá e esse outro, bem divertido, do site Mulé Burra. Quer saber o que eles tem em comum? Eles acusam a nós, homens, de sermos frouxos.
De maneira geral, sou obrigado a concordar. Enquanto praticam esportes radicais e tomam atitudes que colocam suas vidas em risco por uma pequena dose de adrenalina, quando o assunto é intimidade, relacionamento e mulheres, os homens, apavorados, costumam fugir o mais rápido possível.
Nunca pulei de paraquedas, não faço questão alguma de experimentar bungee jump, não dirijo por aí em alta velocidade e nem mesmo gosto das montanhas russas nos parques de diversão. Proponho um esporte muito mais extremo: se relacionar de verdade com uma mulher, esse ser aparentemente indecifrável.
O friozinho na barriga que antecede aquele primeiro encontro deve ser comparável ao de alguém que, na porta de um avião a 10.000 pés de altura, se prepara para o salto. Pule e, garanto, na maioria das vezes você encontrará muito mais do que uma bela vista e momentos fugazes de emoção. Mas você tem que estar disposto a correr o risco.
Claro que não precisa sair por aí pulando em qualquer relacionamento. Meça a altura, confie nos seus instrumentos, observe as condições climáticas e use equipamento de segurança. Mesmo assim, esteja ciente que, independente do nível de proteção que vestimos, sempre há uma chance de algo sair errado. Às vezes quebramos uma perna ou um braço. E de vez em quando simplesmente damos de cara no chão como nos desenhos animados.
Quer saber? Não tem problema. Ossos fraturados e cicatrizes são troféus? Corações partidos, sonhos estilhaçados e orgulho arranhado também são. Depois de passado o período de recuperação, tudo volta pro lugar (sempre volta) e você estará pronto pra pular de novo. Falhas catastróficas e erros grosseiros tornam-se apenas histórias divertidas e lições para os próximos saltos.
Se joguem. Eu juro que vale a pena, mas fica a advertência: é esporte pra homem.
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